Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.
Desde a pré-história já tínhamos o hábito de adorar coisas ou pessoas – os deuses da Antigüidade, o Deus da Idade Média ou os reis da monarquia absolutista. Mas, com o passar do tempo, as entidades adoradas foram ficando cada vez mais terrenas.
Coube aos famosos sentarem-se nos tronos outrora ocupados por reis e deuses. Com uma vantagem: tudo o que fazem ou falam alcança um número infinitamente maior de pessoas. Apoiada na mídia, a indústria das celebridades despontou para a fama com as primeiras estrelas de Hollywood, nos anos 30. E daí cresceu com a velocidade de uma boa fofoca, até despertar a atenção dos acadêmicos nos anos 60. Foi nessa época que um historiador americano cunhou uma das mais preciosas definições da fama nos dias atuais: “O herói é distinguido por seu conhecimento; a celebridade, por suaimagem. A celebridade é a pessoa notória por sua notoriedade.”
Ao mundanizar a fama, transformamos o ídolo. Hoje ele não precisa ter virtudes, nem talento. O sucesso dos participantes de reality shows comprova isso – eles são conhecidos por serem alguém e não por terem feito algo. É impossível, porém, acreditar que a condição básica para ser ídolo tivesse se transformado tanto sem a ajuda daqueles que sustentam todo esse esquema: nós, aqui do outro lado da tela. As celebridades tornam-se pessoas familiares que vemos sempre na televisão, na revista, no cinema. Elas passam a representar uma nova comunidade de pessoas sobre as quais sabemos tudo, embora nem ao menos as conheçamos.
(Adaptado de Cláudia de Castro Lima, Bianca Grassetti eNegreiros. Superinteressante, março 2005, p.49)
O texto deixa claro que
a) a convivência com pessoas célebres, estimulada pela mídia, é uma retomada de costumes primitivos da humanidade.
b) uma pessoa famosa, hoje em dia, passa a ter por obrigação aparecer em revistas e especialmente na televisão.
c) a existência de um público interessado é fundamental para que alguém seja reconhecido como uma celebridade.
d) a adoração divina é importante para o homem, desde a Antigüidade, tanto que se conservam ainda hoje traços desse hábito.
e) a virtude de uma pessoa, tal como na Antigüidade, garante sua notoriedade nos dias de hoje.